Na busca constante para oferecer educação de qualidade e proporcionar o bem-estar de crianças e de adolescentes, a Secretaria de Educação de São José, por meio do Emfrente, está promovendo formações continuadas aos educadores voltadas para a saúde mental e os direitos das crianças e dos adolescentes.

No final do mês de agosto, a formação foi destinada aos profissionais de educação que assumem também nos Centros de Educação Infantil (CEIs) e Centros de Educação Municipal (CEMs) a atribuição de agentes de referência do programa Emfrente. O programa, da Secretaria de Educação, objetiva instrumentalizar os educadores da rede municipal de ensino para prevenção, identificação, manejo e encaminhamento das situações suspeitas de violência contra crianças e adolescentes.

As palestras realizadas com ênfase na importância da atenção à saúde mental ocorrem em parceria com o Programa Saúde na Escola (PSE). Para os profissionais da Educação Infantil, no período da manhã, o foco foi na atenção às práticas de autocuidado. Já à tarde, foram contemplados os profissionais do Ensino Fundamental com destaque aos serviços da rede voltados ao público infantojuvenil.

Na palestra, a psicóloga Cíntia Fernanda dos Santos explicou que o CAPS i é um serviço de saúde que atende crianças e adolescentes com sofrimento ou transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas. “No CAPS i, contamos com uma equipe multidisciplinar para acolhimento dessas crianças e adolescentes, realizamos atendimentos individuais e em grupo, oficinas terapêuticas, atividades comunitárias, além de envolver também os familiares nesse processo. O foco é atuar para que essa criança e adolescente tenha mais qualidade de vida e volte a socializar no seu espaço”.

O CAPS i funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, na Rua Caetano Alves Leite, nº 12, Nossa Senhora do Rosário.

Na sequência, os educadores conheceram com mais detalhes o trabalho desenvolvido nos dois Conselhos Tutelares de São José (Sede e Barreiros). Os conselheiros Viviane Nunes Santos e Diogo Luiz Fillipi esclareceram suas atribuições e como os educadores podem colaborar no processo de proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Eles destacaram a importância da comunicação entre escolas e o Conselho Tutelar para identificar situações de negligência, abuso ou abandono. “Nossa intenção é estreitar a relação com as escolas, que são multiplicadoras do conhecimento e a principal porta de entrada para o Conselho Tutelar”, explicou Viviane. “Diariamente os conselheiros orientam as escolas sobre o papel do Conselho Tutelar e também como proceder da maneira mais objetiva e rápida para posteriormente atender o caso e aplicar as medidas de proteção”, frisou Diogo.

A proposta da formação é entender a importância de uma abordagem multidisciplinar e como encaminhar os casos. A vereadora em exercício, Maristela Muller, que é pedagoga da rede e está licenciada da coordenação do Programa Emfrente, acompanhou as atividades.

Em setembro, as formações com esta temática serão voltadas para professores de Educação Física e de Língua Portuguesa. E em outubro, participarão os professores de Ciências e Tempos de Aprendizagens (TAS).