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Professora é acusada de desaparecimento de valores de formatura em Gov. Celso Ramos

Pais e alunos do Colégio Maria Amália Cardoso denunciam que R$ 40 mil arrecadados não foram repassados; SED e Polícia Civil investigam o caso

Polícia

Governador Celso Ramos

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Foto: Professora é investigada após desaparecimento de recursos arrecadados para formaturas em Governador Celso Ramos (Foto Divulgação)

Pais e alunos do Colégio Maria Amália Cardoso, em Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, denunciaram à Polícia Militar e à Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina (SED) uma professora que se apresenta como “Ju Geraldo”, apontada como responsável pelo desaparecimento de valores destinados às formaturas de duas turmas do 3º ano do ensino médio.

De acordo com relatos formalizados pelos familiares, “Ju”, cujo nome de registro seria Márcio, ficou encarregada de organizar os eventos e intermediar os pagamentos com empresas contratadas. As turmas arrecadaram dinheiro por meio de rifas, mensalidades e festas, mas descobriram posteriormente que os fornecedores — incluindo empresas de formatura e de viagens — não receberam nenhum dos valores combinados.

O montante total estimado pelos pais ultrapassa R$ 40 mil. Conversas nos grupos de WhatsApp mostram a professora sendo cobrada, respondendo que não tinha intenção de causar transtornos e prometendo regularizar a situação, sem apresentar prazos ou comprovantes de pagamento. Em suas mensagens, ela alegou problemas de saúde e afirmou: “Eu me perdi em algumas prestações e em algumas contas, mas não sou bandida… trabalhei muito para que eles realizassem o sonho deles.”

Além das questões financeiras, os pais relataram condutas inadequadas em sala de aula, incluindo linguagem obscena e comentários de cunho sexual diante de menores. Também há denúncias de fraude em um suposto intercâmbio internacional, em que alunos teriam enviado fotos e vídeos para uma “seleção” que nunca aconteceu.

Durante a apuração, a SED verificou que a profissional possivelmente não possui diploma válido e instaurou processo administrativo disciplinar. A mesma professora também estaria vinculada a outra escola, em Santo Amaro da Imperatriz, sob investigação por irregularidades.

A Secretaria de Educação informou que o caso é acompanhado pela Polícia Civil e que o colégio passará por mudança na direção, com a coordenadora pedagógica Daniela Pereira assumindo oficialmente a gestão. O objetivo é garantir a continuidade das aulas e restabelecer a rotina escolar.

Em contato com familiares e alunos, “Ju” negou ter cometido crime e afirmou ser alvo de ataques pessoais: “Não é fácil ser preta e trans em Santa Catarina.”

O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Governador Celso Ramos, e as famílias aguardam esclarecimentos sobre o paradeiro dos recursos arrecadados.