A recente viagem da Secretária Municipal de Educação de Tijucas à Europa tem causado grande repercussão negativa na cidade. Com um custo total de R$ 24.657,10 aos cofres públicos, a missão oficial soma R$ 7.790,27 em passagens aéreas e um adiantamento de R$ 16.866,83 para diárias e despesas durante o período fora do país.
Enquanto isso, diversas escolas do município seguem enfrentando problemas estruturais graves, como falta de manutenção em equipamentos, precariedade em cozinhas escolares e salas de aula superlotadas. O contraste entre a realidade da rede municipal e os gastos com a viagem internacional tem provocado indignação entre pais, professores e moradores da cidade.
A justificativa da Prefeitura é de que a viagem integra um plano estratégico para conhecer modelos de educação aplicados na Europa. Contudo, em tempos de escassez de recursos e demandas urgentes nas unidades escolares, a decisão da gestão municipal — com aval do prefeito — levanta sérios questionamentos sobre prioridades e responsabilidade com o uso do dinheiro público.
O caso remete a episódios anteriores registrados em Santa Catarina, como o do ex-prefeito de Porto Belo que, em 2014, foi condenado a ressarcir os cofres públicos após uma viagem à Europa ser considerada de cunho turístico, sem resultados efetivos para a administração municipal.
Em Tijucas, a cobrança é por mais transparência, responsabilidade e, principalmente, por ações concretas que atendam diretamente as necessidades dos estudantes e da comunidade escolar. Em vez de viagens caras ao exterior, a população espera investimentos reais em infraestrutura, capacitação local de professores e melhoria do ambiente educacional.