Encontrou no mercado de tabacarias no Brasil um nicho de mercado: vender dentro destas lojas produtos para o cultivo de cannabis medicinal. São estantes prontas com equipamentos para grow (cultivo), para tabacarias em operação que queiram oferecer os produtos de cultivo. O investimento inicial parte de R$ 50 mil e, na modalidade mais completa, pode chegar a R$ 300 mil.
Com as recentes descobertas dos benefícios da Cannabis e o reconhecimento da sociedade, o empresário Lucas Schmidt, CEO da Cultiva Growshop, aposta no processo de expansão através do franchising ao perceber a demanda, em todo o Brasil, pelos produtos para cultivo de plantas, em especial a cannabis medicinal.
O mercado é promissor. Aprevisão de faturamento é de R$917,2 milhões em faturamento até 2024, segundo a Kaya Mind, primeira empresa brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis.
A decisão foi inspirada, em parte, em seu próprio diagnóstico. Como paciente, apresentava quadro intenso de ansiedade e TDHA e, inicialmente, fez tratamentos psiquiátricos com remédios que têm efeitos colaterais severos e, no caso dele, foi dor crônica. O uso de cannabis foi indicado pela dentista e especialista na área Rafaela da Rosa, cujo tratamento foi feito com medicamentos importados com autorização da ANVISA.
Com os resultados positivos, Lucas fez o curso necessário para entrar com o processo judicial de autorização de cultivo, do qual o habeas corpus foi concedido em março deste ano. 'Nós enxergamos um novo mercado, ainda embrionário, mas com grande potencial de crescimento e oportunidades para inovação", explica.
A loja modelo da Cultiva Growshop fica em São José (SC), no bairro Campinas, comercializa também por e-commerce. O modelo de negócios foi idealizado para ser uma rede de lojas especializada em fornecer conhecimento, equipamentos e tecnologia para cultivos de cannabis indoor e outdoor.
Segundo a ANVISA, atualmente mais de 180 mil pacientes fazem algum tratamento à base de fitocanabinoides no Brasil. O cultivo individual é uma alternativa acessível para que esses pacientes produzam seu próprio medicamento. A Kaya Mind aponta que hoje existem atualmente no Brasil mais de 2 mil pacientes que adquiriram esse direito através de processo judicial e, além deles, existem as associações de pacientes, todas legalizadas.