Estado: Comissão sobre rompimento de reservatório da Casan discutiu cronograma de trabalho proposto pelo relator Mário Motta

O deputado Mário Motta, relator do colegiado, apresentou sugestão de cronograma, aprovado com 2 adendos.

O eixo de trabalho principal é apurar a responsabilidade do caso. (Foto: Vicente Schmitt / Agência AL)

Na última quarta-feira (25), pela manhã, foi realizada a 1ª reunião da Comissão Mista da Assembleia Legislativa que foi criada para acompanhar as ações relativas ao rompimento do reservatório de água da Casan, no bairro Monte Cristo, em Florianópolis.

A comissão é formada por parlamentares da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e da Comissão de Turismo e Meio Ambiente, tendo como presidente o deputado Ivan Naatz (PL) e como relator o deputado Mário Motta (PSD). O eixo de trabalho principal é apurar a responsabilidade do caso. Também fazem parte da Comissão os deputados Marquito (Psol), vice-presidente; Maurício Peixer (PL) e Antídio Aleixo Lunelli (MDB).

Como relator, Motta apresentou um relatório preliminar contendo o calendário de trabalho o qual a comissão, em comum acordo com seus pares, deverá seguir, e também a solicitação para que o Tribunal de Contas do Estado (TCE/SC) possa fazer parte deste trabalho, indicando um auditor fiscal de controle externo do setor de obras e serviços de engenharia.

Na apresentação do cronograma, Mário Motta ainda requereu que sejam encaminhados convites para que sejam ouvidos, num prazo de 60 dias, depoimentos, como o atual diretor-presidente da Casan, Edson Moritz, e servidores do órgão que fizeram parte do projeto, representantes das empresas contratadas, presidente da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (ARESC) e o presidente da Associação de Moradores do Monte Cristo.

“É importante que tragamos todos aqueles que estiveram envolvidos nesta tragédia para que possamos assim construir um texto imparcial”, destacou o deputado. “Temos perguntas para fazer para a Casan que precisam de respostas, para aí talvez começarmos a entender os fatos”.

Para complementar, a comissão entendeu também ouvir a Polícia Científica de Santa Catarina, que por meio do relatório poderá abrir inquérito.

Lembrando-se das famílias que foram atingidas pelo rompimento do reservatório, Marquito levantou a discussão para que a comissão possa colocar na agenda como prioridade, aqueles que estão à frente de medidas para mitigar suas perdas.

“São trabalhadores que perderam suas ferramentas de trabalho e muitos ainda me parece estarem sem apoio”, disse o deputado.

Naatz seguiu na mesma linha e sugeriu que o relatório tenha um ponto que possa dimensionar o tamanho do dano causado aos envolvidos.

O caso
No dia 6 de setembro aconteceu o rompimento do reservatório de água da Casan, no Monte Cristo, em Florianópolis, atingindo 386 moradores.

 


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