Texto: Professor Miguel João Simão – nov/2023
No início, apenas duas Freguesias distantes uma da outra com suas comunidades adjacentes. A Freguesia de Armação da Piedade e a Freguesia de Ganchos, a primeira localizada no sul da região, e a outra ao norte.
Essas Freguesias, uniram-se e formaram o Distrito de Ganchos, em 1914.
A região apenas tomou status de Distrito, mesmo aprovado pela Câmara municipal de vereadores, o descaso continuou por quase meio século. Ganchos não recebia atenção especial, visto que suas estradas eram precárias, sem iluminação elétrica, difícil acesso de uma comunidade a outra, era no desprezo que o povo gancheiro se via a cada dia que passava.
Tornar Distrito, parecia um consolo para calar as queixas que o poder público de Biguaçu recebia, mas ninguém falava em emancipação, ninguém questionava.
Em 1950, Ganchos teve seu primeiro representante no Legislativo Biguaçuense, o vereador Alvino Francisco Baldança, popular Italiano. Alvino chegou a cogitar um projeto para emancipar Ganchos, porém, antes mesmo de levar a tribuna, foi abortado pelas forças oposicionistas a ideia de separar Ganchos de Biguaçu.
Nas eleições de 1962, para escolha de prefeito e de vereadores, Ganchos elegeu Miguel Pedro dos Santos, popularmente conhecido por Miguel Flor, e sua bandeira de luta foi a emancipação de Ganchos.
Miguel Flor era nativo de Canto dos Ganchos. Nasceu e cresceu nas terras de Ganchos e acompanhou todo sacrifício que a população fazia para sobreviver diante dos parcos recursos, e o pouco que recebiam, ainda tinham que dividir com o pagamento de impostos municipais.
Homem de olhar visionário, postura única, calmo e de boa conversa, soube a hora para fazer de sua terra natal um município.
Não foi fácil convencer seus pares que Ganchos tinha condições de caminhar sozinho, que se desprendendo em pouco tempo essas terras tornariam-se uma grande referência na pesca e no turismo.
Primeiro, ele discutiu o projeto na tribuna da Câmara, e aí vieram projetos de emancipação de tudo quanto foi lado. Teve vereador que apresentou projeto para desmembrar Sorocaba, outro para desmembrar Três Riachos, outro para desmembrar Antonio Carlos, e até teve quem desejasse desmembrar Rio Caveiras.
Miguel se via encurralado em meio a tantos pedidos de emancipação, e isso atrasava a aprovação do projeto para emancipar Ganchos.
Foi então que Miguel Pedro dos Santos resolveu mudar a estratégia e procurar de forma individual os seus pares, para boas visitas, regadas de um bom café e grandes argumentos para tornar o sonho de seu povo real.
O pai da emancipação de Ganchos, sempre bem recebido por seus colegas do legislativo, independente de sigla partidária, buscou em todos o apoio. E quando lançou o projeto na Câmara Municipal de Biguaçu, conseguiu de forma unânime aprovar o projeto que criava o município de Ganchos, e junto foram os projetos que criou o município de Antonio Carlos e o Distrito de Sorocaba.
Idealizador do maior projeto, que até hoje entrou na Câmara municipal de Biguaçu, Miguel se emocionou na tribuna ao falar das dificuldades que seu povo encontrava para buscar recursos médicos, para ir de um bairro ao outro, para ter acesso ao mínimo de conforto.
Miguel falava de dignidade, de empatia, de felicidade ao ver seus conterrâneos tendo o mínimo necessário para viver bem, condições básicas que um povo trabalhador e responsável precisa para manter sua família e bem criar seus filhos.
E no dia 06 de novembro, por fim, a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina aprova o projeto de Miguel Pedro dos Santos, tornando Ganchos um município.
De lá para cá, são ao todo 10 homens, em 14 mandatos que tiveram a oportunidade de administrar essa terra, e cada um à sua maneira, buscando deixar sua marca na administração pública municipal.
Com a emancipação, acontece a primeira eleição em 1965, e o pai da emancipação gancheira, o idealizador do grande projeto que desmembra Ganchos de Biguaçu, Miguel Flor, tornou-se o primeiro prefeito eleito da história da cidade, abrindo espaço para que o progresso chegasse a essa terra que ele tanto amou.
Uma administração que durou 4 anos, 2 meses e 15 dias, esse foi o período administrado por Miguel, que conseguiu trazer a luz elétrica aos três Ganchos e Calheiros, abrir a estrada que ligou a BR -101 a Areias de Baixo, Caieira, Antenor, Costeira, Fazenda e Armação, criar o maior projeto de saneamento básico, dando as famílias carentes uma privada com fossa, água encanada e tanques públicos (para lavação de roupas e limpeza de pescados), além da construção dos primeiros reservatórios de água da cidade, em diversos bairros, construções de escolas, manutenção de pontes e aberturas de ruas, a compra do terreno para a construção da praça de Ganchos e prefeitura, atendimento médico nos dois postos de saúde em parceria com as colônias de pescadores, tudo isso com poucos recursos.
Hoje, 60 depois, os muitos que não acreditavam no crescimento da terra gancheira, que não via perspectiva para o desenvolvimento da cidade, encontra uma cidade aberta ao turismo, bela por natureza e cheia de oportunidades para o seu povo e sua gente.
oportunidade de administrar essa terra, e cada um à sua maneira, buscando deixar sua marca na administração pública municipal.
Com a emancipação, acontece a primeira eleição em 1965, e o pai da emancipação gancheira, o idealizador do grande projeto que desmembra Ganchos de Biguaçu, Miguel Flor, tornou-se o primeiro prefeito eleito da história da cidade, abrindo espaço para que o progresso chegasse a essa terra que ele tanto amou.
Uma administração que durou 4 anos, 2 meses e 15 dias, esse foi o período administrado por Miguel, que conseguiu trazer a luz elétrica aos três Ganchos e Calheiros, abrir a estrada que ligou a BR -101 a Areias de Baixo, Caieira, Antenor, Costeira, Fazenda e Armação, criar o maior projeto de saneamento básico, dando as famílias carentes uma privada com fossa, água encanada e tanques públicos (para lavação de roupas e limpeza de pescados), além da construção dos primeiros reservatórios de água da cidade, em diversos bairros, construções de escolas, manutenção de pontes e aberturas de ruas, a compra do terreno para a construção da praça de Ganchos e prefeitura, atendimento médico nos dois postos de saúde em parceria com as colônias de pescadores, tudo isso com poucos recursos.
Hoje, 60 depois, os muitos que não acreditavam no crescimento da terra gancheira, que não via perspectiva para o desenvolvimento da cidade, encontra uma cidade aberta ao turismo, bela por natureza e cheia de oportunidades para o seu povo e sua gente.
Atualmente, administrada pelo prefeito Marcos Henrique da Silva, o Marquinhos, em menos de três anos, Governador Celso Ramos, a antiga Ganchos, tornou-se um canteiro de obras e de oportunidades ao povo carente.
Um prefeito carismático, tranquilo e que pensa no seu povo humilde, criador de diversos projetos que valoriza os pequenos artesãos, os grupos de terceira idade, dando prioridade a saúde e a educação como meta principal de sua administração.
Marquinhos tem trabalhado 24 horas por dia para manter firme seus compromissos e fazer de nossa terra, uma terra de paz, de ordem e de grandeza.