Polêmica: MPSC investiga tentativa de venda da antiga rodoviária de Florianópolis

Impasse sobre titularidade e riscos estruturais travam destinação do imóvel histórico

Foto: Terminal antigo seria vendido? Será?

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) instaurou um inquérito civil para apurar a proposta de venda da antiga rodoviária de Florianópolis, localizada no encontro das avenidas Mauro Ramos e Hercílio Luz. A iniciativa da prefeitura, encaminhada à Câmara de Vereadores, busca a desafetação e alienação do imóvel, mas enfrenta questionamentos legais e administrativos. 
 
A promotora Letícia Baumgarten Filomeno, da 28ª Promotoria de Justiça da Capital, conduz a investigação, motivada por uma representação do vereador Afrânio Boppré (PSOL). Entre os principais pontos levantados estão a duplicidade de matrículas do terreno — uma em nome do município e outra do Estado — e a ausência de debate público sobre a destinação do espaço.   
 
O prédio foi interditado em dezembro de 2024 devido a falhas nas instalações elétricas e estruturais, representando riscos à população. Desde então, permanece desocupado, sendo alvo de ocupações irregulares e aumentando a sensação de insegurança na região. A vereadora Manu Vieira (PL) chegou a solicitar a demolição imediata do edifício, argumentando que o local se tornou ponto de consumo de entorpecentes.  
 
Diante das fragilidades identificadas na justificativa do município e da relevância histórica do imóvel, o MPSC solicitou uma avaliação técnica e determinou medidas cautelares para garantir sua preservação enquanto a apuração segue em curso.  
 
O futuro da antiga rodoviária permanece indefinido, exigindo uma ação coordenada entre as autoridades municipais e estaduais para garantir a segurança e a adequada utilização do espaço.

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