Coluna do Décio: Política em outro patamar lá em SP: passado em Biguaçu mostra o atraso de certos políticos

Aproximação de Pablo Marçal com Carlos Bolsonaro mostra como os vencedores fazem política

Foto: Pablo e Carlos: reconciliação depois de atritos. Política de gente grande (Foto Divulgação)

Quem gosta de política deve estar acompanhando as eleições na maior cidade do país. O atual prefeito de São Paulo, Nunes (que ainda é o candidato apoiado pela família Bolsonaro), o deputado Guilherme Boulos (apoiado pelo presidente Lula) e o “coach” Pablo Marçal estão empatados tecnicamente segundo pesquisas para a disputa majoritária. Mas o que chama a atenção é o crescimento vertiginoso de Marçal nas pesquisas tornando-o favorito nas eleições por causa do uso de suas redes sociais que estão fazendo a diferença na campanha. A incomodação dos opositores é tão grande que até conseguiram na justiça a derrubada dos meios digitais do candidato surpresa. A censura a Marçal abriu um leque de discussão jurídica no país sobre o que pode e o que não pode divulgar nos perfis dos candidatos.

No entanto o que quero comentar é uma situação que aconteceu entre Pablo e o vereador carioca Carlos Bolsonaro. Os dois acabaram se desentendendo nas redes sociais e Marçal referiu-se ao filho do ex-presidente como retardado em algumas ocasiões. Já Carlos acionou Marçal na justiça e fez críticas pesadas ao candidato paulista.

Não vou entrar no mérito da discussão e opinar em quem estava com a razão, mas o que chama a atenção é que agora, a dupla fez as pazes em pról “de um caminho que é melhor pra São Paulo”. Marçal e Bolsonaro não vão mais se atritar e como homens adultos que defendem os mesmos ideais mostram como se faz política em alto nível. Não ficam, como aqueles políticos relhos, que não escondem a raiva é ódio, quando são criticados e não conseguem voltar a trás. Quem ajudou a intermediar a aproximação de Pablo e Carlos foi o deputado federal Nikolas Ferreira, parlamentar do congresso federal mais novo eleito com mais votos no país. Ele é outro que pensa grande e tem tudo para ser um dia o presidente da república.

Um exemplo de como não se faz política olhando pelo retrovisor pode ser analisado aqui em Biguaçu onde tem um bocado de político abaixo da crítica que não consegue absorver opiniões contrárias principalmente quando são escritas pela imprensa local. Ficam nervosinhos e querem se vingar a todo custo demostrando a insignificância que carregam na alma e por causa disso não crescem nesse meio e acabam no ostracismo político.  

Entre várias amebas que são assim nessa cidade, cito entre elas o ex-prefeito Ramon Wollinger, que tinha até então espaço nesse jornal e muito crédito gratuito no que diz respeito na divulgação de seus atos nos cargos públicos que exercia. O Ramon sempre era bem recebido na recepção do jornal e atendido nas matérias e reportagens que levava. Mas quando virou prefeito mostrou seu verdadeiro caráter e tendência vingativa só porque não soube absorver críticas relevantes principalmente na falta de explicação do seu crescimento econômico fora do comum no período em que exerceu empregos públicos eletivos. Em vez de buscar a conciliação e responder os questionamentos procurou justamente o contrário: tentar desmoralizar quem escrevia e fazer de tudo para “acabar” com a imprensa que não compactuava com suas atitudes. Era ação judicial e perseguição publicitária para tentar censurar a todo custo o jornal da cidade. E olha que o impresso nunca escreveu que Ramon era retardado assim como Pablo Marçal se referiu ao filho de Jair Bolsonaro. Mas fazer o que: o homem pensava pequeno e pelo jeito não almejava virar um deputado ou secretário de estado por que se pensasse assim seria muita idiotice brigar logo com a imprensa local, que poderia ajuda-lo em muito numa ambição dessas. Preferiu o embate em vez da conciliação e deu no que deu. O tiro pelo jeito atingiu os próprios pés.

Lá Carlos Bolsonaro tem tudo para ser o vereador mais votado na cidade maravilhosa em sua reeleição e já planta um apoio com Pablo quando esse vier a ser prefeito de São Paulo para “voos” maiores. Aqui o Ramon nem conseguir apoio para ser candidato a prefeito novamente conseguiu e ainda perdeu a nomeação para ser o vice de Tuta para a vereadora Salete através de uma disputa feita por pesquisa que demonstrou o quanto ele aumentou o  descrédito na opinião do povo. O seu mentor Castelo que tornou Ramon prefeito nem o apoiou dessa vez e hoje vai votar na reeleição de Salmir que disputará a reeleição contra o PL de Wollinger. O governador do estado quando soube do “ibope” de Ramon na cidade nem fez questão de impor uma candidatura dele a prefeito aqui em Biguaçu, aceitando o PL local indicar um vice na chapa de Tuta do PSD. Em São José, Jorginho abraçou e filiou a candidata e ex-prefeita Adeliana para a disputa majoritária de lá diferente de Biguaçu que não tinha um ex-prefeito com nome forte acusado pelas pesquisas de opinião. A Adeliana tratava bem a imprensa de lá e isso ajudou muito na avaliação dela nas pesquisas, fatos esses que a tornaram relevante para ser convidada pelo governador a filiar-se ao PL e ser candidata mais uma vez a prefeita no município vizinho. Já em Biguaçu Ramon andava igual a cavalo de padeiro em busca de atrapalhar e acabar com o funcionamento do jornal Em foco.  

Será que a briga vingativa com o jornal local não fez cair o “ibope” de Ramon? Pelo menos isso ficou evidente na opinião das pessoas apontadas pelas pesquisas feitas pelos partidos políticos de oposição. O ex-prefeito recente não caiu na graça do eleitor e as dúvidas republicanas pairavam na opinião dos pesquisados. Por que será que aconteceu isso? Quem informou tanto o povo sobre Ramon? Valeu a pena cara pálida brigar tanto com quem trabalha e faz noticias na cidade processando toda hora os donos de jornal que tem a maior aceitação no município? Foi inteligente essa atitude? Quem tem a pior fama? Pesquisas mostram que a marca Em Foco ainda é alta enquanto a avaliação de Ramon como político é medíocre.

Fazer política com ódio e “vingancinha” é coisa de gente pequena que não pensa lá na frente e a reconciliação de Bolsonaro filho e Marçal provam o quanto que política de gente grande é outra coisa e faz a diferença.


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