Biguaçu: Em Foco podcast recebe Renato Lazarotto

O empresário é o fabricante das Churrasqueiras Lazarotto.

Renato conta que desde novo sempre foi empreendedor. (Foto: Divulgação)

O entrevistado da semana do Em Foco Podcast é Renato Lazarotto, 75 anos, fundador da Associação Catarinense de Gás Veicular, entidade da qual já foi presidente. Também já ocupou a presidência da Assembleia e da Associação Comercial e Industrial de Biguaçu. Natural de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, atualmente mora em Biguaçu e está à frente da empresa Churrasqueiras Lazarotto que, hoje, é um sucesso de vendas.
Renato conta que desde novo sempre foi empreendedor. Por causa de problemas familiares, aos 20 anos, foi para São Paulo, onde começou a trabalhar como corretor de sucata. 
“Corretor de sucatória, na verdade, é o que hoje você entende por catadores de sucatas. Nós trabalhávamos para um depósito de ferro velho, então o depósito pagava R$ 1 no quilo da Sucata, então, tínhamos que comprar lá fora há R$ 0,50. ganhávamos nessa diferença de compra e venda”, explica ele, afirmando que, na época, o empreendimento foi um sucesso, por ser inovador.
Antes de ir para São Paulo, ainda em Porto Alegre, Lazarotto já era dono de um ferro-velho, onde comprava sucata das oficinas mecânicas e concessionárias. 
“Na década de 70, acabou o domínio de fabricação de peças de automóvel por algumas fábricas. Até então, todas as fábricas que montavam indústrias automotivas em São Paulo, no Brasil, tinham 10 anos de exclusividade de fabricação de peças. Ou seja, ninguém poderia fabricar algo que era de tal modelo e, em 70, isso acabou. Mas aí, descobri que as peças que eu recolhia de sucata dava para recondicionar. Isso foi bom porque, você ia comprar um paralama de Fusca, por exemplo, numa concessionária se pagava R$ 200, uma fortuna. Aí, o cara tinha que ir atrás da peça recondicionada”, lembra.
Algum tempo depois, Renato veio para Santa Catarina onde, segundo ele, era a glória!
Chegando em território catarinense, foi visitar o ferro velho do Juca, que lhe ofereceu um sobrado em Biguaçu, para onde ele levou tudo que tinha em São Paulo.  
Renato viajava o estado comercializando as peças recuperadas. 
Em Biguaçu, ele montou um autocenter, Paulistão Peças, e se relacionar com a sociedade biguaçuense. 
Foi quando foi indicado para participar da Associação Comercial de Biguaçu, quando montaram a diretoria e ele foi nomeado presidente. 
“Eu acho que o grande trabalho que eu deixei da Acebig foi a assistência médica, o Biguaçu Saúde. Foi tão importante aquilo para a associação, para os usuários da Inplac, por exemplo, porque eles tinham um problema seríssimo de consultas médicas e atestados médicos”, diz
Como grande inventor que é, Renato Lazarotto fez investimento em algumas invenções, como o “lavacorpos”, equipamento voltado para pessoas com dificuldade de locomoção. Porém, a invenção não deu certo. 
Mesmo sendo tão agitado, houve uma época em decidiu parar com tudo. E parou.
Foi quando começou a vender pamonha.
Depois, foi vender kits de caminhão, uma telas para a caçamba, que haviam sido determinadas em lei a sua utilização nos veículos.
Renato Lazarotto também foi pioneiro na instalação de gás natural em veículos no estado e, agora, empreende com churrasqueiras elétricas.
“Eu tenho um amigo que é eletricista de motores. Ele estava montando um motor de torno para mim e, conversando, ele me propôs para fazer uma armação de churrasqueira para ele.  Eu acabei fazendo duas, que ficaram muito boas, mas ele achou cara e não quis pagar. Eu, então as expus na BR e as vendi”, ri ee ao lembrar-se do episódio.
A base das churrasqueiras Lazarotto são tambores utilizados como reservatório de líquidos que ele compra no descarte. Hoje, a empresa tem quatro funcionários, dois deles já são aposentados. O sucesso do produto, segundo o próprio fabricante, é que ela não queima a carne, por girar automaticamente.  As churrasqueiras podem ser compradas e alugadas.
Renato, hoje, fabrica uma média de 20 churrasqueiras por mês para todo o país. 


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