Até o dia 22 de dezembro, das 15h às 21h, a Escola Municipal de Oleiros Joaquim Antônio de Medeiros, que completou em novembro 31 anos de atividades, estará aberta todos os dias com a exposição natalina “Anjos e Estrelas”. Para celebrar a data, também haverá shows gratuitos com grupos e artistas regionais nos dias 6, 11 e 13 de dezembro. Fundada em 1992 a unidade já formou mais de cinco mil alunos neste período que produzem, abrem novas olarias e preservam a tradição de São José, considerada a capital da louça de barro.
A coordenadora da escola, Maria Terezinha Bez Vitório, convida a todos a prestigiarem o aniversário da instituição que é mantida pela Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de São José. Lembra a arte de oleiro é preservada na cidade por ser considera a capital da louça de barro e que a escola é a única na América Latina, com cursos gratuitos de roda tradicional de oleiros, modelagem figurativa e modelagem diversa.
Ela enfatiza o fato de que os mestres da escola estão na quarta geração de oleiros, repassando a sabedoria dos ancestrais que fundaram São José. “Essa escola segue, principalmente pela dedicação e compromissos de nossos mestres: Ivo, Ilson, Luciano e Myllene, há mais de 20 anos, se dedicando ao ofício da olaria, repassando conhecimentos adquiridos com nossos antepassados. A nossa escola é assim pela energia de todos que frequentam essa casa”.
A escola atende cerca de 200 alunos de faixas etárias variadas, desde os nove até os 80 anos. As aulas experimentais ocorrem duas vezes na semana, nas segundas e quartas-feiras, ou nas terças e quintas-feiras, nos períodos da manhã, tarde ou noite.
Além de aprender um novo ofício, adultos, jovens e crianças que participam das aulas têm a oportunidade de conhecer o contexto histórico em que a Escola surgiu, em especial por meio da exposição permanente de peças que ela ostenta para os moradores e turistas que viajam para conhecer o local.
Em novembro de 1992, a Escola de Oleiros Joaquim Antônio de Medeiros foi fundada naquela antiga moradia em que funcionava a fábrica, com o objetivo de valorizar e repassar as técnicas dos oleiros para as novas gerações. A prática se inseriu no rol das manifestações culturais imateriais mais expressivas do litoral catarinense.
A edificação de arquitetura luso-brasileira colonial é um capítulo à parte na história da olaria. A fachada principal da casa apresenta porta e janelas com proporções e ritmos equilibrados, típicos da arquitetura tradicional.
São José foi um polo produtor e exportador de louças de barro. A técnica do torno trazida pelos imigrantes açorianos foi mais difundida na região da Ponta de Baixo, se tornando a principal forma de renda das famílias naquela época. Com a queda do ofício, o mestre oleiro Joaquim Antônio de Medeiros foi um dos poucos a permanecer com a tradição.
Programação festiva:
Dia 6 de dezembro:
Das 20h às 22h- grupo Vozes da Útera;
Dia 11 de dezembro:
Das 20h às 22h- “La Guitarra Encantada” com Igor Tomé e Victor Carrara;
Dia 13 de dezembro:
Das 20h às 22h- Apresentação de Rafael Puerta, Roger Corrêa e Iva Giraka, cantando e tocando milongas.
Acompanhe a programação da escola pelo Instagram: @escoladeoleiros.smct.pmsj.sc