Palhoça: CEU recebe espetáculo gratuito de palhaçaria

"Desencaixe", da Atrapatrupe, terá duas apresentações em Palhoça, na sexta (26) e no sábado (27).

A entrada é gratuita e a distribuição de ingressos inicia uma hora antes da peça, no local. (Foto: Divulgação)

O Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) de Palhoça recebe, na sexta-feira (26) e no sábado (27), às 20h, apresentações gratuitas do espetáculo de palhaçaria “Desencaixe”. A peça é produzida pelo coletivo Atrapatrupe, formado há 15 anos por palhaças e palhaços de Florianópolis.

 

“Desencaixe” apresenta ao público os resultados de uma inusitada pesquisa feita sobre os seres humanos, realizada pela dupla de palhaças Flor e Xicoza.

 

A entrada é gratuita e a distribuição de ingressos inicia uma hora antes da peça, no local.

 

O projeto foi selecionado pelo edital da Lei Paulo Gustavo de Santa Catarina, executado com recursos do Governo Federal e da Lei Paulo Gustavo de Emergência Cultural, por meio da Fundação Catarinense da Cultura.

 

 

“Desencaixe”

 

Após anos de observação secreta, movidas pela inquietação em saber “como lidar com seres humanos”, as palhaças Flor e Xicoza compartilham com o mundo o resultado dos estudos que realizaram pelo Instituto Mundanças. No encontro com o público, as palhaças tentarão responder como os seres humanos se “encaixam”.

 

Voltada para o público adulto, com classificação indicativa a partir dos 12 anos, a obra começou a ser concebida após o período de maior restrição pela pandemia do Covid-19 – no qual o isolamento das integrantes do coletivo gerou ideias que saíram do papel e logo ganharam vida pelas ruas da cidade. “Fomos ensaiar e a primeira ação foi uma intervenção em bairros de Florianópolis. Saímos pelas ruas como palhaças-pesquisadoras, perguntando para as pessoas como lidar com os seres humanos. A gente entrevistava e as pessoas entravam na brincadeira”, relata Gabriela Leite, uma das atrizes da companhia, que interpreta a palhaça Flor.

 

Como resultado desta inusitada pesquisa, as duas palhaças vão apresentar para o mundo suas reflexões sobre os seres humanos, “quase como para lembra-los de quem são e como lidar com a humanidade; lembrar que somos vida”.

 

O lugar da apresentação é um espaço alternativo, como se o público fosse assistir a uma palestra, a uma apresentação da pesquisa sobre a humanidade. “Ali, estaremos todos nós, dentro do Instituto Mundanças”, explica Gabriela. “Queremos levar diversão, risadas, reflexões e uma experiência diferente daquelas a que as pessoas estão acostumadas no teatro”.

 

Todas as apresentações do projeto contam com acessibilidade em Libras. Também foram contatadas associações de surdos, grupos de idosos e a Secretaria de Educação em cada município, para a reserva de lugares – a ação faz parte da proposta do projeto, que tem como meta atingir um de público de diferentes núcleos sociais e culturais, com idade a partir dos 12 anos.


WhatsApp