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Escolas e Polícia: Parceria ou Medida Extremista?

Apesar das intenções, a presença policial pode gerar consequências indesejadas:

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Foto: A presença de policiais nas escolas é uma medida que pode trazer segurança (Foto Divulgação)

Nos últimos anos, a presença de policiais em escolas tornou-se um tema controverso em diversos países, incluindo o Brasil. De um lado, defensores afirmam que essa medida ajuda a prevenir violência, manter a ordem e proteger alunos e professores. De outro, críticos argumentam que a presença policial pode transformar a escola em um ambiente de vigilância excessiva, gerar medo e criminalizar comportamentos próprios da adolescência. Avaliar os prós e contras dessa parceria é essencial para entender se ela é realmente eficaz ou uma medida extrema.

A razão da presença policial

A instalação de policiais ou “guardiões escolares” nas instituições de ensino surge, geralmente, em resposta a episódios de violência, como brigas, bullying, tráfico de drogas e ameaças. O objetivo é prevenir conflitos mais graves, intervir rapidamente em situações de risco e reforçar a sensação de segurança entre alunos e professores. Em locais com histórico de violência frequente, a presença policial pode funcionar como elemento de dissuasão, desestimulando comportamentos agressivos.

Benefícios percebidos

  1. Prevenção de crimes e agressões
    A presença policial visível pode reduzir os atos de violência e criar um ambiente mais seguro para estudantes e funcionários.
  2. Resposta rápida a incidentes
    Em casos de brigas graves, tentativas de invasão ou outras emergências, a polícia pode agir de forma imediata, evitando escaladas perigosas.
  3. Apoio à disciplina
    Em algumas escolas, policiais colaboram com programas educativos sobre cidadania, prevenção de drogas e conscientização sobre violência, auxiliando na formação de valores.

Riscos e efeitos negativos

Apesar das intenções, a presença policial pode gerar consequências indesejadas:

  • Criminalização da infância e adolescência: comportamentos comuns, como desentendimentos ou pequenas infrações, podem ser tratados como crimes, gerando registros que afetam o futuro do estudante.
  • Medo e ansiedade: estudantes podem se sentir constantemente vigiados, dificultando a confiança em professores e na instituição.
  • Redução do papel pedagógico: a escola corre o risco de se tornar um espaço de controle e punição, em vez de aprendizado e desenvolvimento socioemocional.

Alternativas e complementos

Para evitar que a presença policial se torne excessiva, é importante investir em estratégias complementares:

  • Programas de mediação de conflitos: ajudam alunos a resolver desentendimentos sem recorrer à violência.
  • Educação socioemocional: ensina habilidades como empatia, autocontrole e comunicação assertiva.
  • Parceria com famílias e comunidade: fortalece o suporte externo à escola e incentiva comportamentos respeitosos.
  • Apoio psicológico: garante atendimento a vítimas, agressores e toda a comunidade escolar, promovendo equilíbrio emocional e prevenção de conflitos.

Conclusão

A presença de policiais nas escolas é uma medida que pode trazer segurança, mas não é uma solução completa para a violência escolar. Quando usada de forma isolada, corre o risco de criminalizar estudantes e gerar um ambiente de medo. A verdadeira eficácia está na combinação de medidas preventivas, educativas e de acolhimento, criando escolas seguras, respeitosas e capazes de formar cidadãos conscientes. Mais do que vigilância, o que transforma a escola é educação, diálogo e construção de uma cultura de paz.