Estado: Professor Bruno Anderson é o entrevistado da semana do Em Foco Podcast

Historiador contou um pouco sobre sua experiência na gincana de Biguaçu.

Ele conversou com Décio Alves sobre a tão tradicional gincana de Biguaçu, uma homenagem aos 191 anos do município. (Foto: Divulgação)

 
O entrevistado desta semana do Em Foco Podcast é o historiador e professor Bruno Anderson. Ele conversou com Décio Alves sobre a tão tradicional gincana de Biguaçu, uma homenagem aos 191 anos do município.
Natural de Florianópolis, ele vive em Biguaçu desde que nasceu. Participa da Gincana cidade desde as primeiras edições e iniciou como gincaneiro aos 11 anos de idade, quando participou de equipes como Equipangaré, Alta Combustão e Restolho (que não existem mais) e também da Equipe Chuchu Beleza, que esse ano completa 21 anos de existência. 
Bruno também já atuou como servidor em cargo de Comissão como Diretor de Cultura na SECETUL de Biguaçu, ocasião em que foi diretamente responsável pela organização da festa de aniversário do município, período em que se afastou da gincana, a fim de não misturar trabalho e lazer. 
Atualmente o professor é um dos responsáveis por organizar a Gincana do Colégio Educar.
Apaixonado por gincanas, aos 11 anos começou participando das equipes de apoio e, depois, começou a se inteirar.
“Eu costumo dizer que em Biguaçu quem não gosta de Gincana, bom sujeito não é! Eu acho que ela faz parte da nossa identidade cultural já, né? Este ano, vamos entrar na vigésima sexta edição, porque houve um período em que não aconteceu”, explica.
Ao longo dos anos, a pandemia passou por uma série de mudanças, um movimento natural, mas sempre mantendo as características que a tornam a cara da cidade.
 
Bruno explica que a atividade é existente em outras cidades também, como Blumenau, por exemplo, e que, hoje, há um intercâmbio de experiências entre as equipes destes municípios. E há também uma rivalidade na questão da quantidade de títulos de cada uma.
“Quando inicia o mês de maio, a gente passa a se dedicar integralmente para as atividades da gincana, virando madrugada para ensaiar, montar cenário. É muito legal, porque são muitas pessoas envolvidas”, conta.
  
A Chuchu Beleza, equipe da qual Bruno faz parte, já chegou a ter, em seus primeiros anos, cerca de 900 integrantes. Na mesma época, uma das provas era o desfile de abertura, que parecia mais um desfile carnavalesco fora de época. E para colocar o desfile de pé, famílias inteiras se envolviam na produção.
Dentro da gincana, há uma divisão de provas. Existem as artísticas, que contam com apresentações de canto e teatro, por exemplo. As esportivas, as provas de enigmas, lúdicas e sociais.
Hoje, por conta do trabalho, Bruno é mais um organizador das provas do que participante. 
Ele explica que a empresa que oficialmente organiza o evento é escolhida através de um processo licitatório. Ela, então, terá que ser responsável pelas atividades e também pela premiação ao vencedor que, hoje, não sai mais diretamente da prefeitura.  
“Para as equipes, a premiação final não é o objetivo, porque o orçamento para realização de todas as provas é muito maior que o valor do prêmio. O mais importante mesmo é a participação, é essa rivalidade saudável que rola entre as equipes”, esclarece.
 
“Eu era uma criança extremamente tímida, de pouco falar, e a partir do momento que eu passei a participar de gincanas, eu superei essa coisa do falar em público, de liderar pessoas, de saber ser liderado. Então, se hoje eu tenho coragem de entrar para uma turma de 40 alunos e segurar eles, tem muito da gincana aí, né?”, orgulha-se.


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