Florianópolis: Secretários Municipais e servidores da Câmara de Vereadores são Alvos de Investigação Policial

Polícia Civil de Santa Catarina desencadeia ação contra possível esquema de corrupção e fraude em licitação, envolvendo secretários municipais e servidores da Câmara de Vereadores da capital catarinense.

Polícia Civil esteve na Câmara de Vereadores. (foto: Cristiano Gomes, NSC TV)

Na manhã desta quinta-feira (18), uma operação da Polícia Civil de Santa Catarina foi deflagrada em Florianópolis, tendo como alvos pelo menos dois secretários municipais da capital: Ed Pereira, secretário de Turismo, e Fábio Braga, secretário de Meio Ambiente. A ação, denominada Pressário, concentra-se em uma licitação para a coleta de resíduos sólidos e investiga crimes que incluem poluição, fraude à licitação, corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro, supostamente cometidos por agentes públicos em conluio com particulares.

A Polícia Civil esteve na Câmara de Vereadores e na prefeitura durante a manhã, resultando em dois servidores da Câmara como alvos de mandado. Na Câmara, a ação envolveu a esposa de Ed Pereira, Samantha dos Santos Brose, assessora parlamentar no gabinete do vereador Marquinhos, e Gustavo Silveira, assessor parlamentar do vereador Jeferson Backer. Documentos, malotes e aparelhos eletrônicos foram apreendidos no local.

Policiais Civis chegaram cedo no edifício do secretário Ed Pereira, localizado no bairro do Itacorubi. A busca incluiu a abertura do carro do secretário para recolher uma bolsa para perícia, seguida pela entrada no apartamento de Ed Pereira, onde não houve resistência dos ocupantes. A investigação é mencionada como de âmbito federal pelos investigadores.

A operação se estendeu a outro endereço no bairro Estreito, região continental de Florianópolis, e até o momento, informações detalhadas não foram divulgadas para não prejudicar as investigações, conforme afirmou o delegado Anselmo Cruz, da DEIC.

Tanto a prefeitura de Florianópolis quanto a câmara de vereadores declararam não ter detalhes sobre a operação. A prefeitura afirmou que ainda não possui informações, enquanto a câmara comunicou que as ações envolvem dois servidores, sem relação direta com o Legislativo Municipal, e que estão fornecendo todo o suporte necessário. Todos os envolvidos foram procurados pela reportagem, mas até o momento não houve retorno para esclarecimentos. O espaço permanece aberto para manifestações por parte dos envolvidos.


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