As frequentes cheias registradas nos últimos meses em Santa Catarina devem manter os médicos atentos para a possibilidade do aparecimento de casos de leptospirose nos consultórios e hospitais. "É muito importante que o profissional questione se o paciente teve contato com água ou lama que podem estar contaminadas pela urina ou fezes de roedores (ratazanas, ratos ou camundongos, por exemplo) e esteja alerta no momento do diagnóstico para a possibilidade de ocorrência da doença", diz a infectologista e Conselheira do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC), Renata Zomer. Alerta sobre o assunto está sendo feito pelo Conselho e pela Secretaria de Estado da Saúde.
Causada por uma bactéria, a leptospirose tem período de incubação que varia de 1 a 30 dias. Os sintomas mais comuns são a febre alta que começa de forma repentina; dores de cabeça e pelo corpo; perda do apetite; vômitos; diarreia, e calafrios. Em casos extremos, menos comuns, a doença pode causar até a morte do paciente. Os sintomas mais graves incluem alteração do volume urinário, hipotensão, icterícia (olhos e peles amarelados), sangramentos ou alterações neurológicas.
Em comunicação enviada ao CRM-SC, a Secretaria de Estado da Saúde alertou sobre a importância de o tratamento dos casos suspeitos ser iniciado o mais rápido possível - antes mesmo do diagnóstico definitivo.
Estado: CRM-SC alerta médicos para possibilidade de casos de leptospirose
Doença é mais comum depois da ocorrência de cheias como as que assolam o estado.