Coluna do Décio: O fim político de Ramon Wollinger

O ex-prefeito perdeu na pesquisa para Salete Cardoso

Foto: Ramon tentou colar sua imagem a Bolsonaro e ao governador, mas mesmo assim provou não ser popular (Foto biguanews)

A vereadora Salete Cardoso e o ex-prefeito Ramon Wollinger (ambos do PL) disputavam a indicação do partido para serem o candidato a vice na chapa encabeçada por Tuta (PSD) que disputará a prefeitura como o candidato da oposição. Essa disputa era a avalição deles em pesquisa (ambos disputavam também entre nomes de integrantes de outras siglas da oposição). Para o leitor entender melhor: os partidos de oposição a reeleição do atual prefeito de Biguaçu Salmir Silva (MDB) combinaram lançar candidato a prefeito e vice através dos resultados de pesquisas.  Quem estivesse melhor encabeçaria a chapa, que foi o caso de Tuta, e o segundo colocado seria indicado para vice.

A vereadora Salete acabou vencendo a disputa para a segunda colocação (Wollinger ficou em terceiro) e foi a candidata do PL indicada para vice do Tuta.

Quer dizer: Ramon, que é um recente ex-prefeito, conseguiu perder para uma vereadora a indicação para ser o vice de Tuta. O homem conseguiu perder para ser vice, imaginem a distância em que ele ficou da primeira colocação que acabou sendo vencida por Tuta, que há 16 anos não possui mandato.

Isso demonstra o que todo mundo já sabe: o declínio político de Wollinger. Na verdade o ex-prefeito nunca teve brilho próprio. Sempre navegou nas ondas das obras e ações dos outros. Ramon foi vice por sorte e acabou virando prefeito quando o então prefeito renunciou ao cargo. Na época teria uma eleição a vereador difícil (muita gente dizia que nem no legislativo Ramon conseguiria entrar) mas acabou sendo candidato a prefeito por inércia até porque virou mandatário com a renúncia do outro e o caminho natural era ser candidato a reeleição. Acabou vencendo a disputa por poucos votos numa eleição marcada por muito gasto.

Virou prefeito e marcou sua administração pela incompetência generalizada. Inaugurou obras já encaminhadas por prefeitos anteriores e foi um mandatário cujas as licitações chegavam a valores estratosféricos.

Era um prefeito que administrava a cidade dentro de quatro paredes que nunca apresentou um projeto sequer para conseguir verbas estaduais e federais.

Tanto é verdade que nem consegue aparecer bem em pesquisas e já é considerado uma peça fora do tabuleiro político do município.

Ramon chegou a correr pela cidade em busca de aliados para tentar viabilizar seu nome como candidato a prefeito. Só levou não. Quando viu que o negócio estava ruim começou a pleitear ser vice e mesmo assim não teve êxito.

Isso é o resultado de um político desastroso que briga com a imprensa local e alimenta “vingancinhas” baratas. Agora Wollinger colhe o que plantou: um ex-prefeito que não tem voto e não consegue sequer encher uma sala de antigos aliados para poder ter apoio político. Não adiantou ir para o PL e tentar colar sua imagem a Bolsonaro ou ao governador Jorginho Mello.

Ramon deveria se lançar a candidato a vereador para mostrar se ainda tem força. Isso sim ele deveria fazer para provar se ainda tem algum voto. Porque perder a disputa de vice para a Salete foi a maior derrota que o ex-prefeito poderia ter que prova sua insignificância política na cidade.

Wollinger se equilibra na corda bamba para manter seu cargo dentro do governo do estado para ter um salário maior. Sem voto vamos ver até onde ele consegue chegar.


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