Estado: Empresas de todos os segmentos incluem sustentabilidade em suas rotinas

Preocupação pela preservação do Meio Ambiente cresce com cuidados de destinação de resíduos, plantio de árvores e geração de energia limpa.

Palhoça é um exemplo de Cidade que já tem 100% do parque de iluminação pública modernizado para LED. (Foto: Quantum Engenharia/Divulgação)

Quando se fala em preservação ambiental, os olhos voltam-se ao Brasil, que vem destacando-se como um líder na luta contra as mudanças climáticas e a proteção da Amazônia, tanto que sediará a 30a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) - a COP30, em Belém (PA), no ano 2025. Entretanto, muito ainda precisa ser feito por aqui. Por exemplo, conforme o Instituto Cidades Sustentáveis, mais de 90% dos 5.570 municípios brasileiros não têm estratégias suficientes contra enchentes e deslizamentos - tema em alta com a tragédia que está sendo vivida pelo Rio Grande do Sul.

Mas não é apenas o governo que tem de se preocupar, o setor privado também precisa incluir a governança da sustentabilidade em sua rotina diária para mitigar a mudança climática. Felizmente, aos poucos a mobilização toma conta de diversos segmentos, como iluminação pública, cooperativas de créditos, produtoras de energéticos e até redes de comunicação. Os cuidados envolvem correta destinação de resíduos, geração de energia limpa e plantio de árvores, entre outras ações.

É o caso da Quantum Engenharia, que trabalha esse propósito interna e externamente de forma ampla. Há 30 anos atuando no segmento Iluminação Pública, Energia Solar Fotovoltaica e Subestações em todo o país, realiza ações de contenção e mitigação de riscos ambientais provenientes de suas operações por meio de um Plano de Gerenciamento de Riscos Ambientais, que identifica e detalha os aspectos e impactos ambientais de todos os setores e processos da organização. 

Contando com uma Central de Resíduos que armazena e faz a correta destinação das sobras dos escritórios e das centrais operacionais das IPs e subestações, somente em 2023 destinou cerca de 16 toneladas de resíduos para reciclagem, assim como encaminhou outras 5 toneladas de não recicláveis para sua destinação correta, conforme seu Relatório de Sustentabilidade, publicado em maio de 2024. E, para a destinação correta de seus resíduos orgânicos, implantou uma composteira que, posteriormente, virou horta e hoje fornece temperos, verduras e frutas, todos orgânicos, que podem ser consumidos na empresa ou levados para casa. 

“Muito além da tecnologia e das soluções de última geração de engenharia elétrica que praticamos, está a preocupação e a importância de conduzir nossas atividades priorizando a sustentabilidade e os desdobramentos quanto ao meio ambiente, ao aspecto social e a transparência dos negócios, caracterizando amplamente a adoção dos princípios ESG”, explica a analista ambiental da empresa, engenheira ambiental e sanitarista Amanda Conrado.

 

Mais árvores para captura de CO² da atmosfera

 

O plantio de árvores, além de deixar os ambientes mais frescos e bonitos, também resulta na neutralização da emissão de carbono na atmosfera. Conforme o Instituto Brasileiro das Florestas, a cada 7 árvores plantadas, é possível sequestrar 1 tonelada de carbono nos seus primeiros 20 anos de idade. Tendo isso em mente, a Cooperativa de Crédito Únilos, que integra o Sistema Ailos, usa a sua capilaridade na Grande Florianópolis para promover o plantio de árvores, projeto totalmente alinhado às iniciativas da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Agenda 2030, que inclui proteger o meio ambiente e o clima.

“Até 2023, com a nossa ação Um Cooperado, Uma Árvore - Um Pix, Uma Árvore entregamos mais de 25 mil mudas. Para 2024, queremos alcançar 32,5 mil mudas”, explica Delbora Machado, Diretora Executiva da Únilos. “Essa é uma forma que encontramos de enaltecer os princípios cooperativistas, usando uma solução do mercado financeiro como meio de transformação do ambiente socioeconômico”, completa Delbora.

 

Embalagens PET também no foco da reciclagem

 

Graças ao trabalho de milhões de catadores, o Brasil é líder mundial na reciclagem de latas de alumínio para bebidas atingindo 98%, ficando à frente do Japão e dos Estados Unidos. Um trabalho que gera renda para essa população e evita o acúmulo nos lixões e descarte incorreto na natureza. Além disso, para cada tonelada de lata de alumínio reciclada, evita-se a extração de 5 toneladas de bauxita, o que reduz em 95% o consumo de energia e a emissão de CO2, conforme a Abrasel - Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. Mas, e as garrafas PET? 

A maior marca brasileira de energéticos, Baly Brasil, produziu 420 milhões de litros em 2023, envasadas em latas de alumínio e garrafas PET, para suprir a presença em todos os estados brasileiros, Uruguai e Paraguai. Preocupada com a destinação correta dessas embalagens, a empresa desenvolveu uma bandeja 100% produzida de material reciclado de garrafas da sua bebida que pode ser utilizada para organizar fardos de latas em pontos de vendas ou facilitar o transporte para os consumidores. Só em Tubarão, região da fábrica catarinense, mais de 50 toneladas de garrafas plásticas são recolhidas todos os meses por parceiros e recicladoras.

 

Usinas fotovoltaicas para geração de energia limpa

 

A implementação de um sistema de geração de energia limpa também é um dos caminhos mais comuns quando o assunto é redução de emissão de CO². E isso pode ser conseguido com uso de energia solar, que não emite gases nocivos envolvidos no efeito estufa, tampouco usa geradores para produzir a energia elétrica. A instituição financeira cooperativa Unicred Central Conexão é exemplo de implantação de uma usina solar fotovoltaica.

O empreendimento fica em uma área de 2,87 hectares em Caçador (SC) e vai gerar 1.906.004 kWh por ano, alimentando aproximadamente 87% das agências do estado de Santa Catarina, pertencentes às Cooperativas Filiadas participantes. A construção dessa usina solar fotovoltaica está projetada com uma folga de 27% para acomodar a inclusão de novas agências ou para a modernização e melhoria do conforto das existentes. Além disso, contribuirá para evitar a emissão de 237 toneladas de CO2 na atmosfera anualmente.

“A preservação do meio ambiente deve ser uma preocupação de todos, tanto que faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que incentiva ações contra a mudança global do clima. Com a implantação da nossa usina solar fotovoltaica, queremos gerar energia limpa e também incentivar que outras instituições façam o mesmo”, explica a Diretora de Riscos e Compliance, Silvana Parisotto Agostini.

Também praticando os conceitos ESG, o Grupo ND, do qual a NDTV (afiliada da Record em Santa Catarina) faz parte, foi o primeiro grupo de comunicação do país a implantar uma usina fotovoltaica, instalada em Piratuba (SC), que garantirá a compensação de 100% da sua emissão de gás carbônico em 2024 referente a todos os custos de matéria-prima e insumos aplicados nas inserções publicitárias feitas nos veículos do grupo (jornal, revistas, TV, rádio e portal). Além disso, no ano passado, com o projeto Carbono Neutro plantou 1.700 mudas de árvores, como forma de compensar a produção de gás carbônico referentes a 2022. 

Já a Quantum Engenharia, além de usar energia solar fotovoltaica em sua matriz, projeta e executa usinas desse tipo para empresas públicas e privadas, já tendo entregue mais de 100 usinas desde 2015. De lá para cá, toda essa estrutura já foi capaz de produzir 12,5 gigawatts que impediram a emissão de cerca de 6,5 milhões de quilos de gás carbônico na atmosfera - o que equivale a 45 milhões de quilômetros rodados por um carro ou ao plantio de mais de 175 mil árvores.

 

Modernização para uma iluminação pública mais sustentável

 

Mais de 2,5 milhões de pessoas já contam com ruas mais iluminadas, seguras e sustentáveis a partir do trabalho realizado pela Quantum Engenharia no segmento de modernização da iluminação em várias cidades do Brasil. Isso é possível porque, em novembro de 2023, a empresa concluiu o processo de modernização de 100% das luminárias de Nova Serrana (MG) para LED, assim como já fez com Porto Alegre (RS), Palhoça (SC) e Ribeirão das Neves (MG), e está fazendo com São José (SC), que já tem 80% do seu parque de iluminação modernizado.

O LED é  mais sustentável, porque consome 60% menos energia elétrica do que as tradicionais, emitindo menos dióxido de carbono (CO²) na atmosfera. Também dura cerca de 5x mais e têm 98% de seus componentes recicláveis, sendo também livre de elementos tóxicos em sua composição, ao contrário das lâmpadas de descargas, que possuem mercúrio, material altamente poluente e prejudicial à vida. Além disso, emite luz branca com índice de 70% da percepção das cores, contra 30% das lâmpadas comuns, ampliando a visibilidade e gerando mais segurança à noite.


WhatsApp